segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Senhor ou a bênção?



Há algum tempo atrás, Teysi me passou o livro 'Vitória no Deserto', de John Bevere. Ainda o estou lendo, mas gostaria de dividir uma das partes que mais me chamou a atenção, justamente por ser um dos fatos que mais tenho percebido e presenciado atualmente. A citação foi extraída das páginas 27, 28 e 29 do livro. Haverão algumas pequenas modificações e acréscimos que acho pertinentes dos quais extraí do versículo acima citado.

'O  povo  de  Israel  não  buscava  a  Deus,  por isso  não  conheceu  os  seus caminhos.  Ficava  empolgado  vendo  Deus  operar  maravilhas -  e  quem  não  se empolgaria? Vibrava a cada milagre realizado, porque os milagres traziam-lhe benefícios pessoais. 

O alvo para as pessoas eram elas mesmas, e não Deus! E se Deus não se  manifestasse  com  poder,  se  desviavam.  Se  Moisés  estava  no  cume  do monte, faziam festa; ficavam contentes com os benefícios da salvação. 

O povo não tinha desejo ardente de conhecer mais de Deus. Não havia interesse em "prosseguir" e fortalecer um relacionamento mais íntimo com Ele. 

Certa  ocasião,  Deus  ordenou  que  Moisés  descesse  do  monte  e consagrasse  o  povo,  porque  Ele  haveria  de  se  manifestar  no  Sinai  diante  de todo  o  povo,  e  falaria  com  eles  como  falara  com  Moisés.  No  dia  combinado, quando Deus se manifestou em meio a trovões e relâmpagos, o povo fugiu. (Leia Êxodo 20:18-19)

Intercederam  diante  de  Moisés:  "Por  favor,  fale  você  com  Deus  e  nós obedeceremos a tudo o que Ele lhe disser" (paráfrase). Isso indica que queriam apenas receber a Deus, deixando de lado qualquer relacionamento com ele. O povo  não  era  mal  intencionado,  entretanto,  optou  por  querer  obedecer  aos 
mandamentos de Deus, sem se relacionar-se com Ele. Algo que a igreja, o corpo de Cristo tem adotado novamente nos dias atuais.

As  pessoas  buscavam  uma  fórmula  e  não  um  relacionamento, razão por que Deus lhes deu os dez mandamentos. No entanto, ano após ano, e século após século, foram incapazes de guardar os mandamentos de Deus. 

Deus avisou de antemão que elas não obedeceriam as Suas leis gravadas em tábua de pedra, e por isso planejou escrevê-las no coração delas. Com  isso  em  mente,  precisamos  analisar  a  Igreja  nos  dias  de  hoje. Quantos,  por  melhor  intencionados  que  sejam,  procuram  obedecer  aos mandamentos  de  Deus?  Sofremos  sob  o  jugo  de  promessas  não  cumpridas, até que o fardo fica tão pesado que mal conseguimos erguer a voz em oração. Corremos  atrás  de  nossos  pastores,  de  amigos,  de  colegas  de  trabalho, esperando  que  intercedam  a  Deus  em  nosso  favor,  trazendo  uma  palavra  de Deus para nós. Somos como o povo de Israel que quer obedecer às leis sem um  bom  relacionamento  com  o  Senhor.  Erramos  em  nosso  coração!'

Sim..., erramos em nosso coração, assim como o povo de Israel errou tantas e tantas vezes. Assim como os homens vem errando no decorrer dos anos, décadas, séculos. Até quando? Até quando a igreja vai servir ao seu próprio ego? Até quando os irmãos vão conviver entre si como primos distantes, daqueles os quais muitas vezes nem fazemos questão de conhecer tão grande é a distância do grau de parentesco? A mudança de tal situação depende de cada  um. A chave para a mudança, o Senhor a colocou no seu coração.

Que o amor e a doçura do Espírito Santo de Deus quebrantem seu coração e sua mente, em nome de Jesus Cristo, nosso amado Senhor e Salvador.





domingo, 13 de novembro de 2011

Segundo o coração de Deus


A igreja precisa suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do Alto.
- A.W. Tozer - 

sábado, 12 de novembro de 2011

Transferência de autoridade, liderança e unção

"Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos." (Deuteronômio 34:9)


A Palavra do Senhor nos ensina que liderança, unção e autoridade dados por Deus através do Espírito Santo e de Sua excelente vontade, podem ser passados, transferidos para outra pessoa. O próprio Espírito de Deus é quem conduz esta ação, sendo também Ele quem indica aquele previamente escolhido pelo Senhor para ser abençoado. Não basta querer ser essa pessoa, pois o Senhor é que conhece a verdadeira intenção e disposição do coração do homem.

"Disse Deus a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos; apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe, a vista deles, as tuas ordens. Põe sobre ele da tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel." (Números 27:18-20)

Vemos que Josué já possuía o Espírito Santo de Deus - sinal de que o Senhor já vinha trabalhando seu caráter pelo deserto. Deus não é imprudente. Ele não vê como o homem vê. Ele não pensa como o homem pensa. Muitos têm desejado ser como os profetas que o Senhor, por amor e misericórdia, levantou ao longo dos anos. Muitos querem ser vestidos e revestidos dessa autoridade. Mas Deus sonda e pesa os corações. Ele perscruta as intenções do homem, pois muitos querem essa autoridade para sua própria glória, para serem vistos, amados, reconhecidos e até temidos. Acredito também que este é um motivo pelo qual o Senhor nos alerta a não impôr as mãos precipitadamente sobre uma pessoa: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro", 1 Timóteo 5:22.

Dessa forma, percebemos que o Senhor reforça, mais uma vez, que devemos e precisamos confiar n'Ele e na Sua direção em todo tempo para que não nos precipitemos e saiamos do centro de Sua vontade.

Se tu honras ao Senhor em obediência, espírito e verdade, os quais lhe deram a honra de receber unção vinda da parte de Deus, o próprio Deus jamais o direcionará a dividir ou transferir essa unção para aquele que não quer verdadeiramente horar o Seu Santo Nome.

Outro exemplo é o de Elias e Eliseu, em 1 Reis 19. Elias, cansado da perseguição e da árdua vida de um profeta - sim, o chamado de profeta é árduo, muitas vezes penoso pois deve-se levar a verdade sem contaminação a cada canto que o Senhor julgar necessário -, clama a Deus, e o Pai lhe indica um antecessor segundo a Sua vontade excelente, que foi Eliseu. Eliseu foi ousado, pediu porção dobrada da que tinha Elias, e o Senhor lhe concede. (Veja 2 Reis 2)

Meu querido, minha querida, não basta ser ousado ao pedir, é necessário ter o coração inclinado aos propósitos do Senhor. Se andar por vista, vai achar fascinante ser um profeta, ser um instrumento usado pelo Senhor para ministrar e levar libertação aos cativos. Mas se andar pela humildade de espírito, pelo temor do Senhor, conhecerá profundamente a responsabilidade do chamado. Não digo que deve correr daquilo que o Senhor lhe houver determinado, ou correr atrás daquilo que julga ser o seu chamado, mas sim que deve aprender do Senhor pelo Seu Espírito, pois somente Ele saberá lhe dar o lugar que, primeiro, nasceu no Seu coração para o seu coração. 

Por que o Senhor consumiu a Uzá quando este estendeu a mão à arca para a segurar?

"Quando chegaram à eira de Quidom, estendeu Uzá a mão à arca para a segurar, porque os bois tropeçaram. Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus." (1 Crônicas 13:9-10)

A intenção de Uzá era boa, pois ele achou que a arca iria ao chão. Então, porque o Senhor o feriu? Por que aquele não era o lugar de Uzá. Não cabia a Uzá tocar na Arca da Aliança de Deus, por melhores que fossem as suas intenções. Não cabe a nós assumir um lugar, posição que não nos foi delegado pelo Senhor. Cabe a nós ouvir a Sua voz e obedecer, pois somente Ele sabe aquilo que podemos suportar.

Que a suave e doce voz do Senhor, vinda de Seu Espírito seja a voz que o conduz aos lugares determinados pelo Pai para que, dentro de Sua vontade, seu trabalho dê frutos que glorifiquem ao Senhor e a Ele celebrem. Em nome de Jesus, amém.